segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Causidicus.

De terno de linho,
uma pasta na mão
Fones no ouvido,
olhar ao chão.
Levanta a cabeça,
dança com minh'alma,
que gira pra te ver chegar.
Processa meu corpo,
por tanto te amar.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nem todo frio que sentes, é culpa desse inverno.

Pode ser que parte dele seja do inverno passado,
que ainda gela em ti.



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Na verdade a culpa é sua, meu caro. Se você não queria uma mulher que sambasse, jamais deveria tê-la chamado para dançar.
Veja o meu caso, nós dois sambamos, nós dois bebemos, nós dois cantamos, nós dois sentamos, nós dois rimos e nós dois também vamos embora juntos.
Porque isso é o que o amor faz.
Mas você meu caro, esqueça essa coisa de poder. Isso não existe, você só terá alguém do seu lado desse jeito que você me disse que almeja, se souber entrar na dança. Se sambar também, sem esperar nada em troca.
Se você sambar, ela vai sentir prazer em dançar a valsa que você tanto gosta e ela detesta.
É simples assim.
Com o tempo você vai notar que para você vai ser tão prazeroso o samba quanto a valsa.
E você vai ver, aos poucos você vai notar... que nenhum dos dois vai ter poder, que não haverá brigas sobre quem pode mais.
Meu caro, você vai ver que amar é tão simples quanto sambar.
Basta se entregar.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Quinoterapia :)

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Antes de partir.

 Eu não costumava ser assim. Eu até falava bastante de mim antigamente, adorava explicar as minhas teorias e falar do meu passado. Mesmo porque o meu passado é uma delícia. Não sei se foi um fato pontual que me calou por enquanto. Também não sei se é só por enquanto. Mas o meu passado continua bonito, continua mesmo. Eu é que fiquei um pouquinho mais medrosa. Cuidadosa, talvez. Prometo que qualquer dia desses eu falo um pouco mais. Só que não gosto de falar muito. Eu sempre me arrependo depois, fico achando que estou nua. Que você pode rir da minha participação insignificante no mundo. Ou que você pode achar tudo isso um pouco bagunçado demais, você que é arrumadinho. Eu amo você, e quando eu gosto de alguém eu fico morrendo de medo de ouvir "eu preciso ir embora." Pra mim isso é pior do que um "eu nunca te amei." Eu supero não-amores, mas despedidas eu não sei. Fica tudo meio engasgado, eu fico perdida no meio da rua da minha cabeça. Quantas vezes já escrevi sobre adeuses? Eu acabo indo embora antes de ser abandonada, não consigo. Devem ter sido muitos desencontros. Tenho medo de virar aquelas pessoas que não se apegam, porque tiveram que desapegar demais. Mas com você é diferente. Eu já não posso mais partir de você, se algo acontecer, acho que é você que terá que ir. Será que você vai mesmo embora? Se for, não deixe de perguntar mais uma ou duas coisas sobre mim, para você eu quero falar.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A leveza da minha alma.

Sumida. Reclusa. Incomunicável.
Colocando as minhas coisas no lugar. Arrumando minha bagunça, organizando o quarto da minha alma. Tirando um tempo para me estudar.
Varrendo o chão, tirando o pó.
São nestes dias silenciosos de faxina, onde as coisas velhas, as bicicletas de rodinhas, as flores murchas e os papéis velhos são jogados fora sem dó. Emagreci onde eu estava mais pesada.
Agora cansei de limpar. Tudo está brilhando. Tudo pronto para despejar aqui novas idéias, novos projetos, novos sentimentos.
Alguns não joguei fora. Foram reciclados. E estes estão muito bem guardados.
No mais, flores na janela, vento na varanda, cheiro de hortelã na cozinha, mirra plantada no jardim, incenso aceso na sala e calça jeans no armário.
Nunca estive tão em paz.