quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Intrínseco

Seus olhos esbanjam luz. .
Um brilho amistoso que convida a se banhar naquelas águas calmas de intolerância.
Olhos pretos que clarificam sua alma de artista.
No timbre, temperança, contentamento, exuberância.
Como um pavão que ao desfilar pelas alamedas enfeitiça os caminhantes de tal jeito que não conseguiam parar de o olhar.
Esguio, numa pintura plena de poderes brancos e mágicos gestos, que fazem os nós desatar.
Um alforriado, dourado,  atento aos que nada têm, teme pelos que avarentam o que ele retém.
Virtuoso, vicioso, vicariante, vicinal ao majestoso.
Lânguida face concomitante à sua bravura dura como diamante.
Externa o que lhe convém, grita com o que não lhe cai bem. Ama e aquece aquele que lhe alumia.
Esfria o fogo e o brilho de quem no breu vive cada dia.
Às vezes maré cheia, às vezes esvazia.
Corre pelas ruas a cantar com os bispos, mendigos e prostitutas.
Corre pelo mar a nadar nu gritando pela liberdade da poesia.
Revoluciona as mentes com a maturidade da sua filosofia.
É belo e technicolor.
É poesia transbordante;
Meu sol, meu astro flamejante.
Tanta vida ele cria e mantém.
Luminoso na fronte azul do crepúsculo.
E quando me perguntam: É teu irmão?
Dou um sorriso orgulhoso e digo:
Sim,
de alma,
de coração.



Uma pequena homenagem ao meu querido, Matheus Ocon.

Amarelado

Hoje encontrei teu cheiro
Numa camiseta cinza
Perdida em meu armário
Tinha o odor embolorado
Ocre musguento e fétido
De amor esquecido há tempos
Na geladeira

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Deixa tua boca comigo

Quero bebê-la de vez em quando sempre

Molhar minha vida em tua saliva

Ter companhia para me descobrir.
Hoje combinamos 

de nos amar,

só até ontem.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amolenga.

Acordou com os braços dele enroscados, amarrados nela. Suspiros e sorrisos, cócegas e pés gelados.
Abraços com jeito de borboletas no estômago. Beijos com sabor de chocolate em calda quente.O coração entregue, fremente.
Gargalhadas que há tempos não via em si. Sons de um coração saltitante. Cores e luzes brilhantes. Era ela alegria. Era ela maçã verde. Era agora radiante.
E nesse súbito e desencontrado encontro, onde nada mais existia, exceto os pares de retina apaixonados, mais ainda, as bocas que se suplicavam.
Os olhos ficaram para depois. Santos retificados, e o amor que chegou de pronto no tempo das canções.
Beijos com um só riso, ela se aconchegou logo em quase nada - e que era tudo - Fez de um abraço, paraíso.
Ainda que tivesse anos para aproveitar à beira mar, sozinha no aprendizado do seu ser, caminhou na direção dessa descoberta nele, e decifrou aquela beleza quente e morena de ter. De um jeito tão pouco usual, encontrou ele a descobrindo numa esfera real, encontrou açúcar, doçura, carinhos e seda pura.  Olhos fechadinhos e sabor de fruta madura.
Nesse lugar deles a poesia não está nos versos, mas sim em cada gesto e no universo daquele olhar.
Ela veio do ar, ela veio para amar.
.
.
Ele também.

domingo, 26 de setembro de 2010

Para me entender, taí o manual:

A mulher de aquário

Quando estão amando (veja bem, eu disse a-man-do mesmo) as aquarianas são extremamente fiéis. Pode confiar. Bem, mas não vivemos num mundo perfeito né verdade? 
Compensando sua dedicação, a aquariana é dotada de um alheamento e falta de emoção em relação às pessoas, que é de se apostar todas as suas fichas como ela não está tão afim de você. Mas ela está. Basta deixar que ela se envolva com sua deliciosa lista de 6 bilhões de assuntos que ela precisa pesquisar e descobrir. Bem como seus outros 6 bilhões de amigos (um em cada canto do universo). O maior erro que você poderia cometer na sua vida seria amarrar os pés das discípulas do vento, ao pé de uma cama.
Acostume-se. 
Passe a encarar com naturalidade o fato de que ela pratica capoeira, lê livros em cima da árvore (não embaixo), e decide passar as férias trabalhando como voluntária da Cruz Vermelha. Lembra quando você a viu na TV amarrada na árvore que iam derrubar? Pois então. Ache normal. 
Ela é a única por onde passa a idéia de perseguir uma estrela cadente, enquanto todos os outros estão concentrados em realizar pedidos. E olha que eu ainda não cheguei no principal.
A aquariana não pertence a ninguém porque ela é de domínio público. Elas insistem e precisam ser livres. No entanto, a pessoa que aceita os seus termos, terá sua profunda admiração e devotamento. Ela sabe que não é fácil.
Devo dizer que paixão realmente não é o forte delas
São como borboletas:
imprevisíveis, vivendo de acordo com seu próprio código, em sua trajetória singular. 

No fim da história, ela sofre de um medo secreto de se apaixonar demasiadamente por alguém e acabar negligenciando o mundo e todas as outras pessoas que precisam dela, e vice-versa.
Seu temperamento, bem como o amor que dedica, é definidamente impessoal. A aquariana ama mais a humaninade do que o ser humano
Então elas não demonstram o que estão sentindo muito facilmente
As palavras com as quais elas expressam o seu amor são frustrantemente limitadas. 
Ela pode ser como um flamingo posudo e elegante nas mais diversas situações, mas em matéria de amor ela se transforma num ogro estabanado
É muito comum que ela viva confundindo amor e amizade tamanho seu desligamento com questões de espécies mais quentes, digamos assim. 
Há muita coisa linda e maravilhosa pra se ver por ai do que sua cara todos os dias, é o que ela pensa.
É dificil, eu sei. Mas se você está apaixonado por uma mulher dessas há de reconhecer: nunca você acreditou tanto em mágica como acredita agora. É nítido como as aquarianas realmente se destacam. As aquarianas são a cereja do bolo simplesmente porque elas não fazem parte daquele lugar.
Ela é internacional, onde quer que ela esteja.
Não é ótimo? Você pode ter um produto importado, que prevê o futuro, sabe de tudo que está acontecendo e que ainda te ama nos dias em que você se sente menos amado, e é carinhosa como uma gatinha manhosa. Tudo isso pelo preço de você não ser tão conservador e reservar sempre uma boa mente aberta. Elas são perfeitas artistas e grandes mulheres.
 

Recebi do Lú.

sábado, 25 de setembro de 2010

Ele a beija.


Ela: Eu não posso fazer isso. Ter você é como se eu comprasse um novo par de sapatos, mas que não servisse em meus pés.


Ele: Então vamos ficar um tempo descalços,

;)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um pouco de cor

No meu mundo particular os pássaros cantam Chico Buarque, as árvores têm frutos doces e coloridos, o sol brilha e rege a orquestra do céu, para os pássaros acompanhar.
A grama é de algodão macio pra todo mundo, quando quiser, deitar. Chocolates e batatas fritas são tão permitidas que têm em cada esquina, junto com os expressos de café e as manjubinhas.
Tem rios terapeuticos e medicinais. Os mares são templos de meditação. Todos os animais são sagrados e de estimação, todas as cores são fluorescentes cores de tentação.
As flores não murcham, viram borboletas, que no céu lançam boa sorte a quem as notar, as vê passar. O arco-íris tem tesouros mágicos, desses que a gente encontra quando é criança, pra todo mundo brincar.
O teletransporte existe, feito pra não ter saudade e pro mundo todo encontrar o seu lugar sem dor nem despedida.
Lá, todos são artistas natos, feitos para encantar.  Existem grandes saraus onde todo mundo é respeitado e bem sucedido.  Chaplin anda pelas ruas a desfilar.
Nem escambo, nem dinheiro. A moeda é o amor.
As crianças brincam e correm sozinhas pela cidade. Desbravando novos horizontes além do portão de ferro, e as pessoas são felizes.
Lá, indiretas não existem, apesar da juventude ser a característica de todos. Pequenos jovens, grandes homens brincalhões, alguns com rugas, outros com cordões.
E sendo todos jovens, amam, criam, cantam, gritam e tem energia suficiente para quando o potinho de felicidade acabar, começar tudo de novo, e de novo recriar sua feliz-idade, com mais maturidade.
Lá, a loucura é sanidade, que traz ao meu mundo a banalidade do riso farto, grande e corriqueiro.
Rotina? Não tem pressa de chegar, não.
Até porque, lá tem um grande furacão, e as pessoas saem a percorrer este mundo por vontade.
Sem remorso, julgamento ou torpor. Apenas a consciência da solidez, solitude. Apenas respeito, filosofia e educação. Jovens construtores sociais de sua própria evolução.
Todos necessários, só morrem com um hino de louvor quando todos os seus sonhos forem concretizados, quando todas as promessas forem cumpridas, quando terminar aquele dia utópico em que te tornas um sábio senhor.
Lá, apenas amor.





segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Podres poderes.

Alguém poderia me explicar a misteriosa prisão e iminente morte de Yves Hublet?
"Estava com câncer" - foi a informação simplória da administração do presídio.
Por ser um cara de evidente coragem ao levar à público seu desafeto com o governo e os escândalos do mensalão, Yves nunca mais teve sossego e teve que sair do Brasil, se refugiando na Bélgica.
A passeio pelo país, Yves foi para Curitiba e depois para Brasília antes de voltar a Bélgica.
Foi abordado no aeroporto, algemado e preso, com a "suposta" alegação de estar armado.

[ironia] Sim, porque o aeroporto de Curitiba deixaria alguém embarcar armado. [/ironia]

Depois de preso, ficou tragicamente doente dentro do presídio sem que nenhum familiar soubesse, morreu, sem que nenhum familar soubesse e foi cremado sem que nenhum familiar soubesse.
[Num país onde a cremação custa rios de dinheiro e só é feita nos casos em que a família impõe tal circunstância]

VIVA A DITADURA DEMOCRACIA!
VIVA A LIBERDADE DE REPRESSÃO EXPRESSÃO!
VIVA O BRASIL!

domingo, 19 de setembro de 2010

Paralelos no infinito.

Sábado na solidão.
Tomou um banho, se arrumou, olhou no espelho e sorriu.
Saiu de casa, pegou aquele elevador lerdo, deu bom dia ao porteiro e foi para a rua.
Sol a pino, calor desértico e sufocante. Pássaros, graças aos deuses, pássaros.
Mecanicamente pegou o metrô e foi até lá onde as lembranças dele povoavam.
Enquanto ouvia os sons do metrô caiu em si e já estava naquele mesmo bairro de antes.
Lembranças que por muito tempo povoaram seus sonhos adentravam sua mente agora como um furacão. Cada cheiro, cada florzinha e cada pessoa que trabalhava por ali lhe davam aquela sensação de frio na barriga como quando encontramos algo que amamos depois de muito tempo.
Caminhou o dia todo por lá, sentou no banco daquela praça, entrou pela primeira vez naquela igreja, comeu pipoca, tomou um café, até que cansou.
Levantou preparado para pegar aquele metrô de volta pra casa.
Quando ia embora, ouviu um grito:
- Roberto!
Olhou pra trás, e era ela. Ela, ela, ela, a sua.
Incrédulo, com o coração em disparada, as mãos suando, o tremor, o calor e a emoção daquela hora tenra e cálida.
Nem nos seus sonhos mais bonitos essa cena aconteceria. Ela estava ali, bem à sua frente, e tudo o que ele pode dizer foi um fraco e fino "oi".
Como traduzir o silêncio deste encontro?
Olharam-se por minutos, num encantamento contente de quem se encontra depois de ter se perdido há anos, como a magia do encontro de paralelos que se cruzam no infinito.
Ele sempre procurava ela nas coisas boas, e quando não achava, ele a inventava nos detalhes dos caminhos em que andava, para nunca ter que esquecê-la.
E agora com ela ali na sua frente, apenas a quietude.
Fios de segundos e o silêncio se quebrou com um sorriso, do sorriso um riso mais que liso, e um beijo.
Haviam os dois guardado as promessas em baús cadeados e jogado ao fundo do mar, como tesouros escondidos de rainhas francesas, e nada mais faria com que se encontrasse a chave destes baús, a menos que mergulhadores os encontrassem e o tesouro ficaria em algum museu, perdido para sempre em fotografias.
Aquele beijo despertou os sentimentos reprimidos, os detalhes esquecidos, uma saudade revigorada e um coração batendo forte no tempo do vento.
Caía o orgulho com a noite, e o amor se mostrava conforme a lua. Sem dor, sem tédio, sem crise, sem rasgar o passado, apenas o álcool e o riso, a fórmula do amor.


(Depois de muito tempo, este foi o primeiro dia das nossas novas vidas.)


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Indiretas

Porque gastas tantas palavras definindo o amor? Porque espera do outro que seja assim ou assado, que o outro seja sereno, tranquilo, paciente e perfeito, porque defines que somente isso é amar? Não vê que todos somos errados e tortos? Não percebe que erramos para acertar? Não vê que somos todos crus? Por que tantas palavras definindo o amor coladas nas minhas portas e janelas, como pequenas injeções de indiretas para mim? Amor é aquilo que a gente sente. E ponto. Os nossos atos diante desse sentimento dirão se ficaremos com ele ou não, mas isso chama-se causa e consequência. Amor é apenas amor. O sentido, o sentimento, o calor

terça-feira, 14 de setembro de 2010

French

Café da manhã em Copacabana
Água de côco, caldo de cana
Sentada na areia a diluir felicidade
Secretando com Deus minhas vontades
Uma nuvem negra tapa o sol
Um desconhecido falando enrolado
Do jeito engraçado, simpático
Pragmático, me olhava nos olhos
Do jeito malicioso
E dizia:
- Je suis fatigué -
Pura coincidência, sabia?
Eu ria,  matando minha agonia.
Matando a poesia que o mar fazia

Fotografias

Almoço naquele mesmo botequim de antigamente.
Um conterrâneo fanfarrão servindo toda a gente.

Uma senhorinha simpática que senta e conversa comigo.
Coisas que aconteciam no Rio antigo.

As árvores que reconheço.
Os momentos lembrados, padeço.

As memórias antigas, queridas, repentinas.
O calor, a praia, o frío na barriga.

O fio da navalha no coração.
Migalha do teu pão.
Engraçado, mas ontem a noite te encontrei.
Voamos de mãos dadas por um arvoredo e rimos com a cosquinha que o vento nos fez.
Tanto amor, senti.
Engraçado como tudo tinha aquela atmosfera de perfeição que só se estraga quando os olhos abrem com o grito do despertador.
Adorei te ver esta noite.

sábado, 11 de setembro de 2010

Concentração.

Ô mundão difícil.

Haja tato pra saber o que fazer em cada situação.
Eu juro que ainda não aprendi. Aí num rompante acontece o inimaginável e você começa a enxergar o fundo daquele poço que um dia você superou, e tudo bem... nada que um Prozac e uns pulsos cortados não resolva.
E quem é forte o bastante pra se conter com os empurrões ao abismo que a gente leva?
Tem uns e outros aí se achando forte, achando que o sofrimento não afeta as mentes humanas.
Até hoje não vi ninguém que tenha caído num abismo, ou simplesmente que tenha levado um tombo qualquer, levantar sem arranhões e marcas...

E tudo bem que as vezes a energia do corpo acabe, que a leveza que eu gosto tanto se transforme em toneladas, que o sorriso venha acompanhado de sarcasmo ou educação... Tudo bem.

Tudo bem que é obrigatório para ser humano não entender que as palavras que são ditas ficam encravadas na nossa carne, e quando desditas, levam um tempo pra cicatrizar... então melhor não encostar, não lembrar, não mexer pra não sangrar. Mas mesmo assim até a mais serena das criaturas machuca as outras com palavras não pensadas.

Aí eu guardo as minhas fraquezas num potinho, e tento lacrar bem a tampa... Mas basta uma distração, uma bem pequenina, que ele abre mesmo assim, e surgem elas pra me maltratar e sou eu quem começo a querer me guardar num potinho longe de tudo.

Antes eu saía a gritar por alguém que me salvasse...de mim. Isso porque eu me sofro demais. Agora já me vesti toda de branco, respirei fundo e me fiz um acordo de paz. Me embebi em concentração pra tentar me fazer rir a toda hora e a todo custo... Mas descobri que também tem hora pra não rir.

E eu já fui uma dessas sozinhas sem-amor que jura que não precisa de ninguém pra ser feliz e saí em desatino por aí a beijar bocas vazias e cheias de tédio. Então eu olhei pra mim, olhei bem pra mim... e tinha um buraco vazio bem aqui dentro, que às vezes crescia e me fazia desaparecer. Acrescentei mais algumas clausulas no acordo... Melhor que paz é amor. E comecei a amar demais, demais mesmo. Intensa, eu fui e sou. Mas amar demais funciona? E se machucar? Voar alto só dá um tombo maior?

Então eu agora começo a entender porque existem essas pessoas meio invísiveis que a gente chama de "sem graça". Não são engraçadas, são tímidas e só vivem de trabalho e estudo, certinhas demais. É ó-bvio! Isso tudo é precaução... ninguém quer sofrer demais!!!!
E quem vive intensamente sofre mais que o normal, sofre até tomar veneno de rato e chora até vendo novela de Manoel Carlos.
É... haja concentração pra conseguir ter precaução e viver uma vida "sem graça" e sem dor.

Sem dor. Sem dor.



REPOSTAGEM do dia 26/02/2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Menina das meias trocadas

Guarde minhas meias
Como a minha saudade
Guarde o gosto do meu beijo
Com o cheiro da minha vontade

Menino de all star
Com o jeito meigo no sorriso
Com as mãos de um amante
E a perfeita pureza que carrega no olhar

És leve como o vento, grande como o mar
E tem asas de pássaros alegres
Perdidos no mundo,
Entregues ao tempo, soltos ao ar

Menino de xadrez,
Com sonhos não tão meninos
Beleza na trágica juventude
No teu cenho liso, solidez

Amo como os poetas amargos
Que somem durante o dia
E à noite, no entanto
Me entrego aos teus encantos.

E sonho contigo, corro perigo.
Meu pranto.

sábado, 4 de setembro de 2010

Não, Bárbara.

Tanta gente que nada de mim sabe a me olhar e dizer tantos nãos!

- Não, Bárbara, você não foi, você não fez, você não está fazendo.
- Não Bárbara, aquilo não era legal, aquilo não era dor... aquilo nunca foi amor.
Que eu paro e penso: Quem são eles? Quantos erros já cometeram? tentando fazer a mesmíssima coisa que eu, você e todo mundo tem tentado: SER FELIZ.
Quem são para me dizer que o meu peito rasgado não era dor?
Que as coisas que por ele eu senti nunca foram amor?
Mas eu vou, ainda que cheia de julgamentos e negações.
E cada "não" atravessado na minha estrada será um passo a mais que eu darei em minha existência.