sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Num pedaço de pau em cima daquela árvore
Em meio ao barulho quieto do mato
Entre aquelas folhas verdes e molhadas
Do sereno que passou e deixou rastro

Canta um pobre solitário na quietude
Um rouxinol  triste fugindo do sol
Nas asas, fogo, e um cordão no pescoço
Seu canto chora por ser só, um rouxinol

E sua voz entorna um pranto
Sua música dança entre as dálias
Entrega melancolia pelo pântano
Contorna o fluxo das águas

Mas o pobre pássaro ainda canta
Num suspiro melodioso, voa com dor
E morre no primeiro acorde, no primeiro pulo
Morre sem saber o que é o amor

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