quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Anti-social

Ah, tô de saco cheio mesmo.
E olha que nem é o saco do papai noel.
E pra ser sincera, também não gosto do Natal.
É tudo lotado, e eu morro de pena daquele velho barbudo vestido de Internacional cheiooooo de roupas no calor de 40º e tendo que ouvir as barbaridades que as crianças falam. No colo dele.
Coitado.
Mas também tô de saco cheio de ter pena das pessoas.
O velho barbudo não faz mais que a obrigação.
Afinal, alguém tem que pôr comida na mesa.
Ninguém mandou não estudar.
Se tivesse estudado teria aprendido com os bons professores da escola pública do Brasil como ser corrupto e estaria colocando dinheiro na cueca numa sala gelada com ar condicionado e café fresco. Bem mais fácil. E todo mundo faz.
E tô de saco cheio de ter que dar presente pra todo mundo.
A coisa mais RI-DÍ-CU-LA que fizeram do Natal, que era (eraaaaaaaaa) uma data simbólica foi virar uma festa consumista de uma sociedade sem escrúpulos.
Aí tem amigo oculto, aniversários e mais os presentes de natal das criaturas que a gente tanto ama.
Éééé... essa cretina dessa sociedade também inventou que quando a gente ama alguém, só amor não basta, tem que ter objetos, matéria, presentes pra comprovar!
E como se já não bastasse tudo isso, a gente passa pelas ruas de uma cidade com 10 milhões de habitantes sem conseguir se mexer, como se fosse sardinha em lata.
Aí vem aquelas crianças mal educadas berrando no meio da rua sem olhar pra onde anda e te derrubando sem sequer olhar pra trás... como marginaizinhos à deriva.
Éééé... a mal educada da sociedade ensinou que "um tapinha" pra educar os filhos é abuso. Não pode.
E quer saber? Também tô de saco cheio dessa sociedade burra que não sabe absolutamente nada da convivência intersocial.
Tô de mal.

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