sexta-feira, 10 de abril de 2009



O bom da sexta santa,

é comer um quilo de camarão sem culpa, abusar do salmão até ficar laranja, experimentar fazer pirão de peixe e salada de batata com bacalhau.

É não estar nem aí para as convenções, não ir a igreja porque não faz sentido, se o sentido da morte não encontramos em uma batina ou numa hóstia (aquele pãozinho sem fermento que é abençoado pelas mãos de alguém tão pecador quanto eu).

Como um discurso decorado em latim pode me fazer entender a magnitude da vida, a grandeza de Deus, o sentido do amor, o valor da fé?

O lado bom da diocese é que depois de enforcarem bruxas, pobres e ateus e ditarem as regras de cristo com derramamento de sangue e dízimos, foi que eles dominaram as américas e inventaram feriados.

Para mim, todas as sextas são santas...

Mas já que se tem uma data no calendário em que não se trabalha e nem se come carne para celebrar, que se deguste!

E nada melhor para isso do que uma noite, graças a Deus, mal dormida, um café bem quente de manhã e nada de culpa no coração. Nada melhor do que chegar em casa com a cara amassada, o pé dormindo e o sorriso surgindo.

Se a sexta santa também é chamada de sexta da paixão, porque não?





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E o mais legal, é que se eu tivesse escrito isso há alguns séculos, vocês estariam na frente da igreja matriz com tomates podres na mão, me assistindo subir no palanque da guilhotina. Santa religião católica!

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